domingo, 26 de outubro de 2014

Brasil! Precisando de Reforma...



O processo eleitoral que se encerrou nesse domingo 26 de outubro de2014 em todo o País foi o mais disputado de todos os tempos em nosso processo eleitoral democrático. Podemos definir política como uma conversa com oposições de idéias, buscando aperfeiçoá-las em prol de um bem comum. Só que durante uma campanha eleitoral nem sempre vemos isso, o que lamentavelmente colabora para o empobrecimento do debate de temáticas que poderiam contribuir para a progressão do país.
Durante o processo eleitoral fui indagado varias vezes sobre minha posição eleitoral, e sempre deixei bem claro que estaria ao lado do candidato de cunho político que se comprometesse em realizar nos próximos anos a tão esperada Reforma Política, que hoje parece ser uma utopia jurídica em nosso país.
Todos sabemos que hoje tal reforma se faz tão necessária como se fazia a promulgação da constituinte em 1988.
No discurso que deu início à 22ª Conferência Nacional dos Advogados, na noite de segunda-feira (20), no Rio de Janeiro, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho, clamou aos milhares de presentes ao evento empenho na realização de uma reforma política democrática no país e no combate sistemático à corrupção, duas bandeiras empunhadas pela OAB em sua luta pelo aperfeiçoamento das instituições republicanas.
“O Brasil necessita de uma profunda reforma política democrática para assegurar a igualdade de condições entre os candidatos, fortalecer e democratizar os partidos políticos, estimular o debate programático, diminuir os custos de campanhas eleitorais, conter o abuso de poder político ou econômico, proteger a probidade administrativa e programar os instrumentos de democracia direta previstos na Constituição, como referendo e plebiscito”, disse.
“Apresentamos aos presidenciáveis a Carta do Contribuinte Brasileiro, exigindo maior justiça fiscal; e o plano de combate à corrupção. A República é incompatível com o desvio da coisa pública e o seu uso para fins ilícitos”, completou.
Quanto ao temário geral da Conferência Nacional, “Constituição Democrática e Efetivação de Direitos”, Marcus Vinicius disse que “uma nação constituída por um povo livre e de iguais, eis a promessa constitucional a ser efetivada. A razão de existência e a meta a ser alcançada pelo Estado brasileiro é a dignidade da pessoa humana.”
E completou: “Não aceitamos a voz única do autoritarismo. Temos repulsa ao preconceito, à discriminação e à intolerância. Propugnamos pela pluralidade, pelo respeito à diferença e pela centralidade do ser humano.”
 Precisamos de uma reforma do nosso sistema político que repense o exercício do poder, sua institucionalidade e principalmente os sujeitos reconhecidos ou não para este exercício. Numa sociedade estruturada na desigualdade como a nossa, esta mesma desigualdade esta refletida nos espaços de poder. Ao mesmo tempo em que ele reflete a desigualdade é também instrumento desta mesma desigualdade. Portanto, pensar numa reforma do sistema político é colocar no centro do debate a desigualdade.

Na Câmara e Senado Federal tramitam projetos referentes ao plebiscito popular referente a tal Reforma, que teremos em breve o prazer de trazer ao conhecimento de todos, porem oque como nação não podemos esquecer nunca são as palavras de Platão:
 “A democracia... é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais”.

Texto: Tiago Diogo

Fontes:OAB.org.br
JusBrasil.com


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